Uma ideia prática em relacão à gripe suína


Uma idéia que tive mas não vi aparecer na midia: uma coisa que cada um de nós pode fazer é tomar a vacina contra a gripe sazonal comum. Daí, se você tiver gripe, você já fica sabendo que não é a gripe comum e deve ser outra coisa: com isso você já faz uma bela triagem e não sobrecarrega os hospitais que se dedicarão a diagnosticar a gripe suína. Será que essa idéia funciona?

As pessoas que me conhecem sabem que não sou contra o governo Lula. Mas se uma epidemia séria de gripe suína ocorrer no Brasil, ela será equivalente ao "apagão" do governo Fernando Henrique, com consequencias políticas funestas para o atual governo. Sendo assim, estou comecando a ficar nervoso com algumas atitudes de desinformacão proposital do Ministro Temporão, tais como falar que o Brasil podia fabricar 9 milhoes de tratamentos de Tamiflu quando na verdade isso envolve uma negociacao complicada com a Roche (liberacao de patente, transferência de tecnologia, etc). Em seguida divulga-se que o Brasil está comprando 800.000 cartelas de tamiflu direto da Roche. 

Não que eu ache que as pessoas do Ministério da Saúde não estejam fazendo um ótimo trabalho dentro de suas parcas possibilidades. O próprio ministro comentou hoje que não tem dormido há vários dias por causa da gripe. O problema é que o Brasil não tem recursos hospitalares suficientes para enfrentar a gripe, e a vacina ficará pronta tarde demais para o Hemisfério Sul.  Então talvez isto explique a insônia do ministro.

Nova gripe pode atingir uma em cada três pessoas no mundo, diz estudo

Pesquisa britânica usou informações do México no final de abril e não deu estimativa de número de mortes.
Da BBC

Uma pesquisa realizada pelo Imperial College de Londres sugere que um terço da população mundial poderá ser infectado com a gripe suína. De acordo com os pesquisadores, a gripe suína tem "potencial total para pandemia", pois se espalha rapidamente entre as pessoas e deve atingir o mundo todo.

"Esse vírus realmente tem o potencial total para a pandemia. Deverá se espalhar pelo mundo todo nos próximos seis a nove meses e, quando isso acontecer, vai afetar cerca de um terço da população", disse o professor Neil Ferguson, que liderou a pesquisa, à Rádio 4 da BBC.

O estudo britânico, realizado de forma rápida com dados coletados no México no final de abril, não faz estimativa do possível número de mortos devido à gripe. O estudo foi publicado na revista especializada "Science".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número de casos da doença confirmados em laboratório chegou a 5.251 em 30 países do mundo todo, com 61 pessoas mortas pela doença.

Diversidade genética
Os pesquisadores britânicos, liderados pelo professor Ferguson - que também faz parte do Comitê de Emergência da OMS -, trabalharam com a colaboração da OMS e agências de saúde pública do México, analisando dados da epidemia naquele país, coletados no final de abril, e levando em conta fatores como contaminação internacional e diversidade genética viral.

Ferguson afirmou que ainda é muito cedo para afirmar se o vírus da influenza A (H1N1) vai causar mortes em larga escala ou se ele será um pouco mais letal que uma epidemia de gripe comum.

O professor afirma que uma "grande epidemia" deve ocorrer no hemisfério norte nos meses do outono e do inverno, no final de 2009, quando começa a época de gripe naquele hemisfério.

"Para colocar em contexto, a cada ano a gripe normal sazonal provavelmente afeta cerca de 10% da população mundial todo ano, então estamos nos encaminhando para uma época de gripe que talvez seja três vezes pior do que o de costume", afirmou. A pequisa afirma que a gripe suína pode matar quatro em cada mil pessoas infectadas.

A análise "rápida" da epidemia de gripe suína do México, no final de abril, sugere que o vírus da influenza A (H1N1) pode ser tão perigoso quanto o vírus responsável pela pandemia de 1957, que matou 2 milhões de pessoas no mundo todo.

Mas não deverá ser tão letal como o vírus que causou a pandemia de gripe espanhola em 1918, que causou cerca de 50 milhões de mortes.

Ferguson afirma que o estudo do Imperial College de Londres confirma que são necessárias decisões rápidas a respeito da produção de uma vacina.

"Nós realmente precisamos estar preparados, particularmente para o outono (no hemisfério norte). Por enquanto, o vírus não está se espalhando tão rápido no hemisfério norte, pois estamos fora da época de gripe, mas quando o outono chegar, deverá causar uma grande epidemia."

"Uma das decisões mais importantes precisa ser tomada esta semana pela comunidade internacional e é relativa a quanto vamos destinar da produção de vacinas de gripe sazonal normal para a produção de uma vacina contra este vírus em particular. Acredito que estas decisões devem ser tomadas rapidamente", acrescentou.

Comentários

none disse…
Bem, se adotarem isso acabarão com as vacinas e os idosos ficarão sem cobertura vacinal. Nesse caso é mais provável que *aumente* a morte de pessoas (por gripe comum) mais do que se diminuem as perdas (por gripe A).

[]s,

Roberto Takata

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