Quando eu falei que era uma boa idéia, ninguém acreditou em mim...


Nenhum profeta é acreditado em sua própria terra, já dizia Jesus de Nazaré. Pois é, ano passado eu tive a idéia de que uma prática alternativa a dar esmola no trânsito, é dar livros e gibis, e falei isso para vários amigos e minha namorada. Só recebi risadas... Agora saiu uma reportagem sobre isso na Revista Escola. Satisfeitos?

OK, OK, minhas tentativas não foram todas bem sucedidas. Por exemplo, tentei dar um livro do Henry Miller para aquele cara com a perna amputado cujo ponto fica perto da Rodoviária de Ribeirão, mas ele me disse que a mulher dele não permitia a leitura de tais livros eróticos...   Por outro lado, o flanelinha do Teatro Dom Pedro II ficou bastante satisfeito quando complementei o R$1,00 com uma revistinha da Mônica usada (perguntei antes se ele tinha filhos). Interessante como pequenas conversas tornam o mundo mais humano...

Renovando a proposta, você pode conseguir revistas do Maurício de Souza por R$ 0,50 ou menos nos sebos da cidade (ou guardar as revistas e livros infantis dos seus filhos em vez de jogar fora). Leve sempre algumas no porta-luvas e dê para as crianças que pedirem um trocado. Eu aposto uma cerveja Colorado que elas vão sorrir e ninguém vai roubar o seu relógio, não... E, além disso, você vai estar contribuindo para a educação do Brasil.

Vale mais que um trocado

Ambulantes, pedintes e moradores de rua não esperam só por dinheiro dos motoristas parados no sinal vermelho. Sem pagar pra ver, eu vi.

"Dinheiro eu não tenho, mas estou aqui com uma caixa cheia de livros. Quer um?" Repeti essa oferta a pedintes, artistas circenses e vendedores ambulantes, pessoas de todas as idades que fazem dos congestionamentos da cidade de São Paulo o cenário de seu ganha-pão. A ideia surgiu de uma combinação com os colegas de NOVA ESCOLA: em vez de dinheiro, eu ofereceria um livro a quem me abordasse - e conferiria as reações. 

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