Ruth de Aquino: enterrando a defunta
Pois é, hoje fiquei de molho em casa, estou gripado e com muita dor de cabeça. Sazonal flu que peguei das minhas filhas. Acho que não vou conseguir ficar postando mais sobre a gripe suína. Melhor ir corrigir as provas de Física II.
Como vocês já devem ter percebido, este blog funciona na base de bursts de atividade obsessivo-compulsivas e intermitências puntuadas por fotos da Natalie Portman. Para fechar com chave de ouro um burst anterior, faço aqui a referância a um post do Reinaldo Lopes no blog Chapéu, Chicote e Carbono-14:
Anyway: para ser sucinto, eu diria que Dona Ruth não é a doença, é apenas um sintoma dela. Não vejo problema nenhum em fazer humor com ciência e sou contra a tentativa de "sacralizar" o mundo científico. A ciência tem seus elementos de ridículo, assim como todo tipo de empreendimento humano. Também não se faz humor sendo equilibrado ou ponderado. Beleza. Mesmo assim, as coisas que a moça escreveu são preocupantes porque denotam um tipo de pensamento utilitarista e simplista que domina as grandes figuras do jornalismo brasileiro. É a "síndrome do pra quê serve", batizada em homenagem a um ex-ombudsman da "Folha de S.Paulo" que sempre fazia essa pergunta em relação a reportagens de ciência.
Desculpe, Dona Ruth, mas não dá para fazer ciência pensando só no "pra quê serve". Alguém já disse que, se os cientistas tivessem organizado um megaprojeto para tentar achar formas de curar o glaucoma, jamais teriam chegado... ao laser, que é o que realmente resolve o problema em cirurgias hoje. A pesquisa básica, por mais inútil que pareça, tem justamente a vantagem de abrir novas avenidas pro conhecimento. Nunca se sabe quando elas vão ser úteis, mas isso não é motivo para deixar de abri-las.
Comentários
Abraços e melhoras.
Gilberto
http://miranda-filosofia.blogspot.com/2009/05/ciencia-tecnologia-imbricamentos-e.html