A gripe suína veio para ficar
Chineses apresentam nova genética da gripe suína
Pesquisadores identificaram mutações em oito genes do H1N1 que podem, eventualmente, contaminar seres humanos
Porco é alimentado em fazenda de Hong Kong: vigilância para evitar uma nova variação do H1N1
A vigilância global de suínos deve ser intensificada por conta de uma suposta reorganização dos genes do vírus influenza A (H1N1), causador da gripe suína, em animais de um matadouro na China. A recomendação, em artigo publicado na revista Science, é de um grupo de cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong e do Instituto Internacional de Infecção e Imunidade, na cidade de Shantou.
Durante o monitoramento de porcos em um matadouro de Hong Kong, os pesquisadores verificaram, em janeiro deste ano, a existência de um novo rearranjo genético do H1N1: as análises confirmam que o vírus é uma variação do causador da pandemia em 2009. Para facilitar a identificação da suposta nova cepa caso ela venha, eventualmente, a contaminar seres humanos, os chineses caracterizaram oitos genes do vírus que teriam apresentando mutações.
Segundo o estudo, nos últimos dez anos três grandes linhagens do vírus Influenza são prevalentes em suínos, conhecidas como “classical swine H1N1” (CS), “european avian-like H1N1" (EA), e “triple-reassortant H1N2” (TRIG). A partir dessas linhagens, os cientistas chineses descreveram o novo rearranjo de oito genes do vírus.
“Nossos resultados mostram que, desde em 2009, a introdução do vírus H1N1 em suínos tem proporcionado muitas possibilidades de rearranjo genético. Outros vírus, entre os quais H5N1 e H9N2, também têm sido ocasionalmente isoladas de suínos na Ásia, o que abre novas possibilidades para a adaptação de novos genes da gripe aviária em mamíferos”, apontam os pesquisadores.
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