Os universitários estão Marinando
O velho verbo agora em novo significado
Rosângela Bittar
Valor Econômico - 26/08/2009
Um amigo do Partido Verde que é professor na Universidade Federal de Minas Gerais comentou com integrante da cúpula que, com exceção dos núcleos petistas sindicais da instituição, muito voltados para seu próprio futuro político, a universidade toda está "Marinando". Informou ainda que, pelos canais de comunicação e troca de idéias na área de Educação, este é um movimento crescente já na maioria das universidades. Pode mesmo virar fenômeno.
Por onde a senadora Marina Silva tem passado, desde que a hipótese de mudança de partido foi revelada, antes mesmo do anúncio de sua saída do PT, legenda a que pertenceu por 30 anos, as emoções são instantâneas: reações de admiração, entusiasmo, curiosidade e evidência de sucesso, mais até de público do que de crítica.
Esta, a crítica, tem patinado diante da novidade. Se à reação imediata de simpatia do eleitorado forem acrescentadas características pessoais com que se apresenta a senadora, como a sua trajetória de vida, uma seringueira que saiu do analfabetismo e da doença para a cena principal do palco político, mais a experiência, respeito internacional, linha de atuação política, tema, simbologia para dar e vender e algum dinheiro para campanha - o PV, partido pelo qual optou, não tem nem estrutura para produzir isto, mas as Ongs ambientalistas, quem sabe? - resulta uma candidatura presidencial mais que possível, viável. Pode não ser para vencer ainda, mas até seus adversários, e os ganhou em quantidade, de repente, admitem que em três semanas ela mudou o desenho da sucessão presidencial que se formava no horizonte.
Rosângela Bittar
Valor Econômico - 26/08/2009
Um amigo do Partido Verde que é professor na Universidade Federal de Minas Gerais comentou com integrante da cúpula que, com exceção dos núcleos petistas sindicais da instituição, muito voltados para seu próprio futuro político, a universidade toda está "Marinando". Informou ainda que, pelos canais de comunicação e troca de idéias na área de Educação, este é um movimento crescente já na maioria das universidades. Pode mesmo virar fenômeno.
Por onde a senadora Marina Silva tem passado, desde que a hipótese de mudança de partido foi revelada, antes mesmo do anúncio de sua saída do PT, legenda a que pertenceu por 30 anos, as emoções são instantâneas: reações de admiração, entusiasmo, curiosidade e evidência de sucesso, mais até de público do que de crítica.
Esta, a crítica, tem patinado diante da novidade. Se à reação imediata de simpatia do eleitorado forem acrescentadas características pessoais com que se apresenta a senadora, como a sua trajetória de vida, uma seringueira que saiu do analfabetismo e da doença para a cena principal do palco político, mais a experiência, respeito internacional, linha de atuação política, tema, simbologia para dar e vender e algum dinheiro para campanha - o PV, partido pelo qual optou, não tem nem estrutura para produzir isto, mas as Ongs ambientalistas, quem sabe? - resulta uma candidatura presidencial mais que possível, viável. Pode não ser para vencer ainda, mas até seus adversários, e os ganhou em quantidade, de repente, admitem que em três semanas ela mudou o desenho da sucessão presidencial que se formava no horizonte.
Comentários
http://www.ib.usp.br/index.php?option=com_content&view=article&id=561:historico-de-polemicas-sera-desafio-de-marina&catid=42:admin&Itemid=75
Por exemplo, acho que a afirmação abaixo é tendenciosa, como o debate aqui e no Ciencia e Ideias mostrou.
E o video neste post mostra porque Marina é contra a MP 458. Você discorda dela, Marcelo?
"Evangélica e missionária da Assembleia de Deus, Marina chamou a atenção no início do ano passado, ao cobrar uma educação plural, com a inclusão do estudo do criacionismo na grade curricular. Em um simpósio, a então ministra do Meio Ambiente defendeu que a versão bíblica de que os homens foram criados por Deus seja lecionada ao lado do evolucionismo de Charles Darwin."
Acho que quem escreveu isso não assistiu ao video do tal simposio, que pode ser visto aqui:
Ou, se assistiu, escreveu isso de má fé. Concorda?
1. Cobrou a inclusão do criacionismo na grade curricular?
2. Defendeu a versão bíblica do Genesis? (Marina agora virou criacionista de Terra Jovem?)
Acho que seria interessante entender a frase: Chegou a dizer que "no espaço da fé, a ciência tem todo o acolhimento. Eu gostaria que a fé tivesse o mesmo acolhimento da ciência".
O que significa isso? Apenas que, na visão religiosa de Marina (teologia da libertação), a ciência é acolhida como algo importante e valioso, os cientistas são respeitados e sua opinião muito considerada, enquanto que no espaço da ciencia a religião é vista com desprezo e como sintoma de doença mental.
http://eoqha.net/entrevistas/quem-tem-medo-de-marina-presidente-deveria-ao-menos-ser-honesto-em-seus-argumentos/