Gripe Suína: "I told you so, you damned fools!"
- "I told you so, you damned fools." - Epitáfio não inscrito em seu túmulo, dado que Wells foi cremado.
Novo método de cálculo quase quadruplica número de mortos por gripe suína nos EUA
A nova gripe causou 3.900 mortes nos Estados Unidos nos últimos seis meses, 540 delas entre crianças, informa um novo sistema de cálculo anunciado nesta quinta-feira pelo governo e que quase quadruplica a quantidade de vítimas de que se tinha notícia até agora.
Os novos números do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês) assinalam que, desde que se detectou o surto do vírus em abril até 17 de outubro, 22 milhões de americanos contraíram a doença, 98 mil foram hospitalizados e quase quatro mil morreram.
Esses dados contrastam com o número de mortes confirmadas pelo CDC na sexta-feira passada, quando se estimou que não mais de mil pessoas tinham sido mortas pelo vírus, entre elas 129 crianças.
O salto nas estimativas se deve, segundo a diretora do Centro de Doenças Respiratórias do CDC, Anne Schuchat, à implantação de um "sistema de apuração mais preciso", que vai além de uma simples contabilização dos casos confirmados por laboratório.
Em coletiva de imprensa, Schuchat ressaltou que os números não representam um "agravamento repentino" da pandemia, mas são "fruto de um prolongado esforço das autoridades de saúde para refletir como a doença realmente afeta o país".
A funcionária do CDC também comentou a situação do programa de vacinação nos EUA e assegurou que hoje a agência tem 41,6 milhões de doses disponíveis para que os estados solicitem.
No entanto, Schuchat reconheceu que o processo de distribuição está sendo "mais lento que o esperado" e que as oito milhões de doses que esperavam entregar nos centros autorizados esta semana "provavelmente não chegarão a tempo".
A especialista destacou que o panorama de casos e mortes desenhado hoje pela agência se limita a seis meses, e que a situação "provavelmente piorará" entre dezembro e maio. EFE
Gripe suína provoca pior temporada de gripe dos EUA desde 1997
A gripe suína, como é chamada a gripe A (H1N1), matou cerca de 3.900 americanos entre os últimos meses de abril e outubro, sendo mais de 500 crianças, disseram as autoridades sanitárias dos Estados Unidos na quinta-feira.
Novos dados mostram que a pandemia contaminou cerca de 22 milhões de americanos e obrigou à internação de 98 mil, de acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês). Entre as crianças, houve 8 milhões de casos, 36 mil internações e 540 mortes. Em uma temporada comum de gripe, morrem em média 82 crianças.
O CDC disse que o vírus H1N1 provocou a pior temporada de gripe nos EUA desde 1997, quando o monitoramento começou. "O que estamos vendo em 2009 é sem precedentes", disse Anne Schuchat, diretora da entidade.
O CDC aconselha os médicos a tratarem rapidamente os casos severos com antivirais como o Tamiflu e o Relenza. Em casos especialmente graves, de pacientes internados, a prescrição é o Peramivir.
Schuchat salientou que a pandemia não está se agravando, mas lembrou que a coleta de dados sobre casos e mortes pode demorar. A cifra divulgada nesta quinta-feira não é uma contagem exata, e sim uma extrapolação com base em dados de dez Estados. A estimativa anterior do CDC era de 1.200 mortes nos EUA.
Em uma temporada normal de gripe, a doença mata 36 mil americanos e hospitaliza 200 mil. Mas 90% das mortes e hospitalizações são entre maiores de 65 anos. Com a gripe suína, 90% das vítimas são adultos jovens e crianças. Schuchat disse que a pandemia deve atravessar o inverno e chegar ao começo da primavera local. "Temos uma longa temporada de gripe pela frente", afirmou.
A maioria dos casos confirmados de gripe atualmente é do H1N1. Ao contrário do que acontece com outras infecções, cerca de 30 por cento das pessoas que vão ao médico e fazem o exame realmente têm a doença pandêmica.
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