Todo otimista não é realista


Foto: Duas coisas que poderão estar extintas em 2030.

O New York Times soltou um artigo sobre a subestimação que os modelos epidemiológicos fizeram da evolução da gripe suína. Eu acho que será importante analisar o porque desse fracasso, acredito que existam muitas lições a aprender. Afinal, quando você aprende quando erra, não quando acerta (Em time - ou equipe econômica - que tá ganhando não se mexe, mesmo que não se tenha a menor idéia de porque o time está ganhando).

Em algum lugar nesse blog eu predisse 100.000 casos em meados de maio, parece que bateu com quem está estudando a epidemia. Lembre-mos que para cada caso confirmado é possível que existam 100 casos não confirmados e que, embora não necessitem de hospitalização, funcionam como vetores de propagação da epidemia.
Foto: Duas coisas que poderão estar praticamente extintas em 2030.

No caso do Brasil, acho que o período de estratégias de contenção acabou. O caso da professora de uma creche em Campinas me parece que dificilmente será contido. Uma amiga que tem contato em Campinas (Rosa, esposa do Roque) me disse que haveria 11 crianças internadas no HC da UNICAMP. Esse informação necessita de confirmação, mas se for verdadeira, então a contenção já era e os próximos passos (otimização de alocação de leitos) precisarão ser tomados.

Models’ Projections for Flu Miss Mark by Wide Margin


Alessandro Vespignani, the informatics professor who led Indiana’s team, was a little more defensive, suggesting that he was either misquoted or had misunderstood the question on May 2 when he was reported as estimating that there would be about 2,500 cases by month’s end. His first model predicted 9,500 cases by May 24, he said.

Dr. Vespignani said he felt the C.D.C. estimate of 100,000 or more was “a bit of an overshooting.”

However, he pointed out, his adjustment of his figures on May 17 had an upper estimate of 100,000 for the end of May, and if one assumed that the disease centers counted asymptomatic cases and he did not, then that could stretch to 150,000.

Decisions by the C.D.C. and state health departments to stop confirming most cases in laboratories “is making our life miserable,” he said, adding, “If you don’t have good data, you don’t make good predictions.”

Both professors said they would use the experience to refine their models for the future. Dr. Brockman has not updated his since May 9.

“For this disease, we won’t put out another projection,” he said. “Once it’s in the dispersal phase, exponential growth kicks in. You don’t need a sophisticated model anymore.”

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