Bolívia: dois pesos, duas medidas.


Pela primeira vez na minha vida escrevi para a coluna de leitor de algum jornal. Em todo caso, vale um post:


Caro Sr. Osame:

Obrigado por seus comentários, que estou enviando ao Painel do Leitor, para que avaliem a possíbilidade de publicá-los, e aos editores de internacional para que os levem em conta.

Um abraço,

Carlos Eduardo
 
 
    ----- Original Message -----
    From: "Osame Kinouchi Filho"
    To:
    Sent: Monday, September 15, 2008 10:54 AM
    Subject: Bolivia

                              Prezado Ombusdman,
        Não consegui localizar no site da Folha o campo para envio de cartas dos leitores. Gostaria de fazer uma observação sobre a cobertura dos acontecimentos da Bolivia pela Folha. Me parece que os leitores não foram informados claramente sobre quantos dos mortos nos conflitos [em Panda] eram pró Morales e quantos eram pró oposição.
        Também fico imaginando se o MST promovesse atos de ocupação de aeroportos, rodovias, ataques com bombas, ataques com tropas de choque (um novo facismo?) como os realizados por esses "movimentos de oposição cívica".  Vc não acha que chamar esse movimento (proto)facista e golpista de "movimento autonomista" não é um excesso de benevolencia jornalistica?
         Se o pessoal do Rio Grande do Sul, do movimento "O Sul é Meu País", fizesse "protestos autonomistas similares", seriam descritos com tal benevolência pela Folha? 
     Por que uma massacre de índios feito pela oposição de classe média alta é passado para o leitor como um "acidente" dentro dos conflitos? E porque a Folha não fornece para o leitor os os  números reais  e a fração de mortos governistas em comparação com os mortos oposicionistas (algum deles realmente confirmado)?
           As vezes parece que, se a Folha fosse um jornal espanhol durante a Guerra Civil Espanhola, ela ficaria ao lado de Franco [justificando-a como uma pretensa neutralidade jornalística frente ao líder " autonomista" facista]. É essa a posição editorial da Folha?

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