Partido dos Baixinhos

Ok, ok, do alto dos meus 1,645 m, essa notícia eu não poderia deixar de comentar. Certa vez eu reclamava com uma professora amiga minha da USP de que o "politicamente correto", quando levado aos extremos, acabava caindo no ridículo. Acho que o exemplo que eu dei foi o de "quotas para baixinhos" em times de basquete.

Afirmei que os baixinhos, ou melhor, as pessoas com altura com menos de um desvio padrão abaixo da média - PAMDPAM (acho que este é o termo PC) eram discriminados. Citei algumas estatísticas que mostravam que baixinhos, desculpe, os PAMDPAM, ganham menos que seus pares, são preteridos em promoções, são preteridos em cargos de liderança (você já notou como os presidentes americanos são em geral altos?) etc. E, é claro, existe essa mania das mulheres de colocar 1,70 (ou mesmo 1,74 - mas raios, por que 1,74em vez de 1,75?) como a altura mínima no Yahoo Encontros.

Bom, ela concordou, militante que era, e disse: bom, por que você não inicia um movimento nacional em defesa dos baixinhos?

Eu pensei que ela estava brincando, mas o pior foi que ela estava falando sério.

Final da história: não, eu não fundei o PB (Partido dos Baixinhos) nem o movimento nacional em defesa dos PAMDPAM. Mas a idéia é boa, deixo para você, meu leitor PAMDPAM tentar...

Baixinhos eram preferidos das mulheres pré-históricas, diz estudo

da Ansa, em Londres

Os homens de baixa estatura eram irresistíveis para as mulheres na pré-história, pelo menos até que descobriram as armas. Essa diferença em relação aos cânones atuais de beleza é a tese central de um estudo da universidade norte-americana de Utah, que apareceu nesta quarta-feira na versão eletrônica do jornal "The Times".

Divulgação
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Austrolopithecus africanus, que viveu na época em que baixinhos seriam os preferidos
Entre os Australopithecus, os hominídeos antepassados que viveram cerca de 4 milhões de anos atrás, a baixa estatura permitia combater melhor e garantia aos varões um enorme atrativo entre as mulheres.

"As pernas curtas asseguravam aos Australopithecus o êxito em combate", explicou o professor David Carrier em um artigo publicado na revista "Evolution", citado pelo Times on-line.

"Os Australopithecus mantiveram as pernas curtas durante dois milhões de anos porque um físico compacto e mais estável ajudava os varões a combater pelas mulheres", revela o professor em sua pesquisa, e explica que os homens mais baixos eram os mais agressivos.

Segundo Carrier, esse antepassado do homem media 1,35 m. Com a introdução das primeiras armas, 2 milhões de anos atrás, o homem da caverna passou a utilizar objetos para se defender e as normas estéticas mudaram.

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