Como a fé desempatou o jogo


Curiosamente, a Revista Veja desta semana discute o mesmo tema do Roda de Ciência. O texto completo está disponível on-line aqui. Copio apenas um trecho como indicação para quem estiver interessado. O Marcelo Leite deve estar se descabelando com o tal "gene da espiritualidade"...


De Okky de Souza
Os antepassados humanos que desenvolveram a capacidadede crer foram os únicos a sobreviver à Idade do Gelo. Issoexplica por que a fé resiste mesmo quando a ciência prova que o sobrenatural nada mais é do que química e eletricidade.
(...)


A ciência já identificou um gene da espiritualidade e conseguiu mapear os circuitos neurais responsáveis pelas emoções ligadas à fé. A evolução gravou em nosso genoma a necessidade da devoção e isso ajudou a espécie a sobreviver à Idade do Gelo. Como se sabe isso? As pesquisas arqueológicas e antropológicas mostram que diversos tipos de ancestrais humanos conviviam antes da Idade do Gelo, há cerca de 30.000 anos. Quando as geleiras cederam, apenas um tipo predominava, os Cro-Magnon. Eles organizavam-se em famílias, puniam o incesto, enterravam seus mortos, enfeitavam os túmulos, pintavam as paredes das cavernas por deleite estético e espiritual...! Os religiosos enxergam nesse salto evolutivo a interferência direta de Deus nos destinos da humanidade. Os cientistas dizem que a brutal aceleração da competição por recursos escassos e a luta pela sobrevivência em condições climáticas adversas selecionaram os hominídeos de tal forma que restaram apenas aqueles que desenvolveram a capacidade de acreditar. Em quê? Acreditar que aqueles tempos duros iriam passar. Acreditar que uma força superior iria trazer de volta as temperaturas amenas.


Este post faz parte da Roda de Ciência de fevereiro. Por favor, coloque seus comentários apenas aqui.

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