Gripe suína favorece José Serra
OK, OK, cada blog com suas idiosincrasias. Enquanto todo mundo fala em COP-15 (que é Conferência das Partes 15 e não Copenhagen-15), Climagate etc (assuntos que provavelmente estarão esquecidos dentro de três meses) eu me adianto na agenda: o blog fala daquilo que será notícia daqui a seis meses.
Até agora, nos EUA, tivemos 50 milhões de casos, 200 mil internações e 10 mil mortos (ver reportagem do NYT aqui) . O Brasil tem mais da metade da população dos EUA, logo teremos após a segunda onda números similares. Eu não consigo acreditar que o nosso sistema de saúde consiga evitar um colapso. Além disso, o Ministério da Saúde está fazendo algumas apostas que podem não se concretizar:
1. A aposta de que a doença não se torne mais letal.
2. A aposta de que o vírus não sofra mutações suficientes para invalidar a atual vacina.
3. A aposta de que haverá vacinas em número suficiente na época certa (o que não ocorreu nos EUA).
4. A aposta de que a segunda onda chegará em meados do inverno (em vez do começo do inverno, como foi nos EUA).
Bom, eu também faço minhas apostas:
1. Aposto que a gripe chega antes do inverno (educated guess baseado em meus modelos computacionais de modelo SIRS com a Ariadne: nas primeiras ondas de um novo vírus, o que determina o intervalo entre dois picos epidêmicos é o período da Bifurcação de Hopf associada à oscilação global na população e não a sazonalidade (forçamento externo) na transmissão.
2. Aposto que o verdadeiro número de óbitos será manipulado estatisticamente em ano eleitoral.
3. Aposto que a jornalista Fernanda do MS vai ficar estafada e pedir demissão no ano que vem.
4. Aposto que a gripe suína vai ser o verdadeiro apagão da Dilma, e que isto irá favorecer muito a candidatura de José Serra (a menos que o atendimento médico em São Paulo se mostre muito defeituoso).
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