A última civilização global de alta tecnologia...
Nossa civilização tecnológica global não é a apenas a primeira, mas também a última. Se um dia ela desmoronar como o Império Romano, nenhuma outra comparável surgirá, pois consumimos todos os recursos naturais facilmente acessíveis. Ou você acha que uma civilização no nível da Europa do século XIX poderia vir a perfurar o pré-sal para obter petróleo?
Dois tipos de utopia restaram em nossa civilização. A primeira é a utopia de um retorno à uma civilização pré-industrial característica do Romantismo e da Ecologia Profunda. Mas compete com o cenário distópico de uma regressão à barbárie: teocracias, pequenas ditaduras, estados feudais com distribuição de renda e poder muito pior do que temos atualmente. É um cenário provável para o futuro, pois todas as civilizações históricas mais cedo ou mais tarde decairam, e a nossa civilização tecnológica tem apenas 300 anos.
A segunda utopia pode ser sintetizada pelo universo de Star Trek. Uma democracia universal, secular, tecnológica, onde a primeira diretriz (não interferência) reina e onde abater animais para consumo é um ato de barbárie (sim, eu tinha que falar dos porquinhos!). Não está nada claro que é uma utopia viável, mas as utopias são assim mesmo: horizontes para se caminhar na direção, não pontos de chegada. É interessante, porém, que nas duas utopias as pessoas respeitam os animais, uma convergência inesperada que pode unir politicamente as duas correntes utópicas.
Uma hipótese interessante é que muitas civilizações se extinguiram devido a pandemias, pois mesmo que elas não matem, podem abalar profundamente o sistema econômico.
É claro que o universo de Battlestar Galactica é muito mais provável: nele os seres humanos são os mesmo, a política e os problemas também. Bom, pelo menos temos o consolo de que os inimigos da humanidade como a andróide no. 6 não são de se jogar fora.
Em tempo: Maria Guimarães do Ciêncie e Idéias chama atenção para o site Gripe Suína: prevenção, tratamento e contenção, dos biólogos Wladimir Alonso (epidemiologista) e Cynthia Schuck-Paim.
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