ONG promete prêmio a possível criador de "carne in vitro"


Da Folha Online, da France Presse, em Washington


A ONG Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) informou que vai dar um prêmio de US$ 1 milhão para quem, até 2012, criar um método de produzir carne in vitro que seja semelhante em gosto e aparência à de verdade.
Deve ganhar o prêmio o indivíduo que conseguir desenvolver, produzir em escala comercial e ainda vender carne de frango feita em laboratório. O produto deve estar à venda até 2012 em dez Estados norte-americanos a preços competitivos.
"A produção de carne in vitro poderia usar células-tronco animais colocadas em um meio para crescerem e reproduzirem. O resultado imitaria a carne real e poderia ser cozinhada e comida", afirmou a ONG, em um comunicado.
Segundo a organização, como muitas pessoas "se recusam a deixar seu vício por carne, a Peta deseja ajudá-los a ter acesso a uma carne que não causa sofrimento e morte".
Equipes ao redor do mundo já trabalham para produzir carne em laboratório, mas deve levar algum tempo até que esses produtos cheguem de fato ao mercado. No concurso, dez jurados da ONG vão provar a carne artificial para ter certeza de que a textura e o sabor são semelhantes aos do frango comum.
De acordo com a Peta, a medida tem o objetivo de diminuir o sofrimento animal. "Mais de 40 bilhões de frangos, peixes, porcos e bois são mortos por ano de modos horríveis para gerar comida nos Estados Unidos", diz a organização.
"A carne in vitro poderia livrar os animais do sofrimento. Além disso, a carne in vitro poderia reduzir de modo dramático os efeitos devastadores dessa indústria no ambiente", diz.


En passant, achei isso fazendo buscas sobre "chicken":



The game of Chicken, also known as the Hawk-Dove game, is an influential model of conflict for two players in game theory. The principle of the game is that while each player prefers not to yield to the other, the outcome where neither player yields is the worst possible one for both players. The name "Chicken" has its origins in a game in which two drivers drive towards each other on a collision course: one must swerve, or both may die in the crash, but if one driver swerves but the other does not, he or she will be called a "chicken"; this terminology is most prevalent in the political science and economics. The name "Hawk-Dove" refers to a situation in which there is a competition for a shared resource and the contestants can choose either conciliation or conflict; this terminology is most commonly used in biology and evolutionary game theory. From a game-theoretic point of view, "Chicken" and "Hawk-Dove" are identical; the different names stem from parallel development of the basic principles in different research areas.[1] The game has also been used to describe the mutual assured destruction of nuclear warfare.[2]
The game is similar to the prisoner's dilemma game in that an "agreeable" mutual solution is unstable since both players are individually tempted to stray from it. However, it differs in the cost of responding to such a deviation. This means that, even in an iterated version of the game, retaliation is ineffective, and a mixed strategy may be more appropriate.

Comentários

Leo disse…
Se a iniciativa der certo poderá ser uma revolução; mudará o que comemos, a criação pecuária, e possivelmente terá uma relevância ambiental considerável, diminuindo enormemente a necessidade de áreas de pasto e a emissão de gases estufa. Sem falar dos infinitos animais sendo salvos, é claro.

Acho que os grandes criadores de gado não vão gostar muito disso. Mas possivelmente mesmo que exista uma mudança ela ocorra lentamente, mais ou menos como a atual conversão dos derivados petróleo para outros combustíveis. Pois provavelmente demorará um bocado para que a carne artificial alcance a qualidade da carne natural.

O interessante será que poderemos criar diversas novas modalidades de carne e de praticamente qualquer espécie viva. Talvez as técnicas possam ser adaptadas para produzir outros tipos de tecido biológico, com aplicação industrial, por exemplo (marfim, couro, peles, etc).

Talvez esta venha a ser a medida mais importante que já ocorreu em favor dos animais.
Leo disse…
Por outro lado, o mais importante é o desenvolvimento da pesquisa e da indústria e não o incentivo em si. Me ocorreu que 2012 parece ser um prazo otimista demais; daria tempo para se desenvolver a carne e ainda testar sua segurança?

Alguns links:
http://www.peta.org/feat_in_vitro_contest.asp
http://en.wikipedia.org/wiki/In_vitro_meat
Osame Kinouchi disse…
Leo, um amigo meu diz que quando plenamente desenvolvida, essa tecnologia será um grande desfavor aos animais (já que agora eles seriam dispensáveis e substituiveis): apenas as galinhas caipiras sobreviveriam...
Leo disse…
Não acho que estejamos fazendo um grande favor aos animais criando-os aos montes em cativeiros para corte. Mesmo que se possa se argumentar que algumas condições domésticas sejam mais saudáveis para os animais domesticados do que condições mais naturais. Mas não vejo um benefício para os animais, mesmo numa suposta questão de manutenção da espécie (os animais estão seriamente preocupados com isto?).

Além disso, a produção é altamente regulada pela demanda, as pessoas não vão parar de comprar da noite para o dia e os produtores não vão acumular um monte de bois sem ter o que fazer com eles. A quantidade cairia lenta e naturalmente.

Então não vejo onde está o desfavor...
Osame Kinouchi disse…
Leo, eu concordo inteiramente com vc!

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