Ciência e poesia II
Bel chamou minha atenção sobre este texto de Ildeu de Castro Moreira na Física na Escola, v. 3, n. 1, 2002. O texto começa assim:
Existem relações profundas entre Ciência, cultura e arte no processo de criação humana. Noentanto, a discussão integrada dessas dimensões raramente se realiza nas salas de aula. Numa tentativa de motivar a discussão de alguns temas científicos importantes e atuais, em particular dentro da Física, mas não exclusivamente, propomos a exploração, em sala, de poemas referentes à Ciência existentes na Literatura brasileira e portuguesa, de forma interligada e em interação com outras disciplinas (Português e História, por exemplo).
Um exemplo de poema no texto:
Modo InauguralMarco LucchesiNa luz desertado primeiro diaestá quebradaa supersimetriae assim despontammúltiplos destinosno mar onipresentede neutrinos...e vagam quase-serespelo mundolançados num abismoalto e profundona luta intempestivaonde se plasmao modo inauguraldo protoplasma...a sombra luminosade um quasare as formas múltiplasde ser e estaras quase borboletas,e saboresde quarks, e de sombras,e motores...na antemanhã de rosaso arrebole o quase amor que regeo pôr-do-solresíduos de giocondasbeatrizessonhando com poetasinfelizes...assim agia Deussive naturana zona friada matéria escurae o rígidocombate prosseguiado ser e do não ser,e ainda prossegue,que o nadase insinua noite e dia.
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