Queremos educar nossas crianças para que produzam armas termobáricas?
(teclado com problemas nos acentos aqui...)
OK, OK, todo mundo sabe que a Ciencia, especialmente a patrocinada pelos militares, é feita por homens brancos, machistas e ocidentais (Hummmm... eu sempre achei que os homens orientais é que fossem machistas!). Assim, achei curiosa uma reportagem que vi esta semana no canal Turbo (esses canais americanos obcecados por máquinas e tecnologia hard).
A reportagem era sobre as armas termobáricas, especialmente desenvolvidas para desencavar Osame Bin Laden (meu xará, o nome dele é com "e" final sim, busque no Google!) das cavernas do Afeganistão.
A chefe do Laboratório, que se orgulhava de descrever todo o processo de desenvolvimento da nova arma, é uma mulher vietnamita, ou seja, amarela feminista ocidental! Curioso, curioso, nada New Age...
O que falta a muitos cientistas que acham que a associação entre ciencia e tecnologia militar é natural é uma análise do impacto cultural dessas práticas no longo prazo: sim, voce pode ganhar a batalha - contra os terroristas ou o que for - mas perderá a guerra pelos coraçoes e mentes dos jovens: cada vez mais a ciencia será vista como associada às armas, às forças da morte, aos países poderosos, às grandes corporações... Basta ver os desenhos animados e filmes de Holywood, onde onde o cientísta é sempre o vilão ou pior, empregadinho ingenuo ou vendido do vilão... Não se desperta verdaderias vocações científicas assim!
Análise de longo prazo: o gap tecnológico (em armamentos) entre os EUA e os outros países está aumentando, de modo que nenhum exército convencional pode lhe fazer frente. Ou seja, os EUA podem impor sua vontade, mesmo que esta seja injusta, mesmo que países razoáveis como Canadá ou a Noruega discordem veementemente, por exemplo!
Se em um dado momento o interesse for outro - por exemplo uma nova política militarista Neocon em um governo cripto-teocrático de Jeb Bush, depois que Obama for destroçado pela crise - os países do mundo poderão chorar e mendigar (na ONU), mas o que fazer realmente contra o porta-aviões Nimitz e as armas super-hiper-mega inteligentes? A República Democrática pode virar um Império, lembram? Ou precisamos assistir de novo a Star Wars episódios 1, 2 e 3?
Fica claro o que irá ocorrer: a única tática viável frente a esse gap tecnológico é o terrorismo, com suas vítimas civis. Basta ver o segundo episódio de Battlestar Galactica, terceira temporada... onde os homens-bomba ateus são os mocinhos!
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