Cientistas apoiaram Obama


Eu sempre achei que Gell-Mann fosse um conservador... Mas acho que nem ele conseguiu aguentar George Bush.

Via Ars Physica:

Um fenômeno interessante está ocorrendo no cenário científico internacional: vários profissionais e instituições estão publicamente se manifestando a favor do candidato a presidência dos Estados Unidos Barack Obama, mesmo aqueles não residentes nos EUA. Ontem, a revista Nature declarou suporte ao candidato. A revista é britânica, e segundo Sean Carroll, é a primeira vez que ela apoia um candidato a presidência dos EUA. O primeiro parágrafo do editorial diz:

O valor da investigação científica, e não uma posição da política científica em particular, sugere uma preferência para o candidato à presidência dos EUA.

Em 23 de agosto deste ano, 61 prêmios Nobel de física, química e medicina, residentes dos EUA, escreveram uma carta aberta em apoio ao candidato Obama, na qual dizem:

O país urgentemente necessita de um líder visionário que pode garantir o futuro de nossos tradicionais pontos fortes em ciência e tecnologia e que pode fazer uso destas forças para atacar vários dos nossos principais problemas: energia, doenças, mudança climática, segurança e competitividade economica. (…) Nós observamos a postura do senador Obama nestes assuntos com admiração.

Em 29 de outubro, a carta foi atualizada para conter a assinatura de 76 laureados. Entre os físicos que assinaram a carta, encontram-se: Murray Gell-Mann, Sheldon Lee Glashow, David Gross, Frank Wilczek, Yochiro Nambu, Philip Anderson, Leon Cooper, James Cronin, Val Fitch e Walter Gilbert, pilares da ciência moderna. Gell-Mann fez ele próprio um vídeo no YouTube:


Além disso, é público que os blogueiros do Cosmic Variance estão alinhados com Obama, são eles pesquisadores de instituições como CalTech, Stanford, Los Alamos, Washington University, Syracuse University, Pennsylvania University e outros.

Há várias razões para esse suporte. John McCain e Sarah Palin já fizeram comentários criticando gastos comciência e educação. Já Obama defende publicamente mais gastos nessas áreas. O partido Republicano, nos últimos 8 anos na Casa Branca, diminuiu o suporte a ciência, redirecionou dinheiro da NASA de pesquisa científica para projetos supérfluos de viagens espaciais tripuladas e permitiu que decisões sobre legislação científica, como o uso de embriões para extração de células-tronco ou o ensino de educação sexual nas escolas, que deveriam ser feitas com base em dados técnicos, fossem contaminadas por lobby religioso.

A eleição de 2008 nos EUA tem uma importância para a ciência que transcende o território norte-americano. Os EUA responde por muito do investimento em pesquisa, e uma retirada de investimentos, ou legislações que impeçam estudos, tem um impacto global.

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