Postagens

Mostrando postagens de março, 2008

O mistério do atrito

Imagem
Paper interessante, capa do PRL. Muitos estudantes não sabem que tópicos simples como atrito não são entendidos pelos físicos e são temas de pesquisa atual. Modeling Friction on a Mesoscale: Master Equation for the Earthquakelike Model O. M. Braun Institute of Physics, National Academy of Sciences of Ukraine, 46 Science Avenue, 03028 Kiev, Ukraine M. Peyrard Ecole Normale Supérieure de Lyon, 46 Allée d'Italie, 69364 Lyon Cédex 07, France (Received 23 November 2007; published 25 March 2008) The earthquakelike model with a continuous distribution of static thresholds is used to describe the properties of solid friction. The evolution of the model is reduced to a master equation which can be solved analytically. This approach naturally describes stick-slip and smooth-sliding regimes of tribological systems within a framework which separates the calculation of the friction force from the studies of the properties of the contacts. ©2008 The American Physical Society URL: http://link.aps

Clube da Evidência

Imagem
O que é o Clube da Evidência ? O Clube da Evidência é um espaço para discussão de artigos científicos construído a partir de modelos propostos de evidence-based journal clubs. O objetivo do grupo é aproximar o estudante da prática de medicina baseada em evidência através da leitura crítica semanal de artigos científicos. Toda semana um aluno, relator, será responsável por pesquisar estudos capazes de responder a dúvida surgida na semana anterior. Um journal club tradicional baseia suas questões em problemas clínicos, no entanto, isso não é necessário no clube da evidência, podendo ser as dúvidas quaisquer que tenham surgido no cotidiano. Além do relator, existem outros papéis no clube que devem ser devidamente preenchidos (e revezados semanalmente): o responsável pelo lanche, o secretário (que deve preencher o formulário da reunião) e o facilitador, que orienta a discussão e distribui os demais papéis. As reuniões do Clube são abertas a alunos e professores. O único pré-requisito é di

Por que não sentimos cheiros durante o sonho?

Imagem
Nariz 'aprende a identificar cheiro de perigo' Da BBC Brasil O medo pode aguçar o sentido do olfato em uma pessoa a ponto de que ela passe a associar rapidamente um odor que sentiu no passado a uma situação de perigo e a distinguí-lo de outros semelhantes, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos. Os pesquisadores da Escola de Medicina Feinberg, da Universidade Northwestern, no Estado de Illinois, submeteram 12 jovens saudáveis a testes envolvendo dois odores muito similares enquanto registravam imagens de ressonância magnética de seus cérebros. Primeiro, os participantes tiveram que cheirar o conteúdo de duas garrafas. O odor era quase idêntico, com uma variação química sutil. Eles não conseguiram discriminar os aromas. Depois tiveram que cheirar o conteúdo de uma das garrafas novamente enquanto eram submetidos a uma situação de desconforto - a aplicação de um choque elétrico de baixa intensidade em sua perna. Logo eles aprenderam a distinguir este cheiro específi

Deu na New Scientist também...

Imagem
Da New Scientist (acho que foi o Mark Buchanan que escreveu): Recipes came about by evolution 22 March 2008 From New Scientist Print Edition COQ AU VIN and steak-and-kidney pudding may not bring to mind the principles of evolution. Yet evolutionary mechanisms may well be reflected in recipes for these tried-and-tested dishes. Physicist Antonio Roque of the University of São Paulo in Brazil and colleagues analysed thousands of recipes ( arxiv.org/abs/0802.4393v1 ) drawn from the French Larousse Gastronomique, the British New Penguin Cookery Book, three editions of the Brazilian Dona Benta spanning nearly 60 years, and a medieval cookbook. When they looked at how often ingredients appeared in recipes and ranked them accordingly, they saw a precise mathematical relationship across the board between an ingredient's position on the list and how commonly it was used. "There's a remarkable similarity," says Roque, "independent of culture and author." This similari

O poder do campo médio

Imagem
Marco Moriconi, no Fórum de física da UFF , colocou um problema desafio: Pegue uma moeda honesta. Em média, quantas vezes você tem que jogá-la até obter duas caras seguidas? Naquele site, Rodrigomp deu uma solução elegante, exata e complicada envolvendo a série de Fibonacci. Que tal uma solução simples mas "errada" (ou melhor, aproximada diria um físico)? Notação científica em LaTex, OK? Lower bound: Denote B = evento cc , que possui probabilidade 1/4, e A o complemento de B . Divida a série temporal em pacotes de dois eventos simples (k ou c). A série temporal fica: E_1 E_2 E_3 ... (1) Precisamos somar as probabilidades de ocorrências do tipo B, AB, AAB, AAAB etc. P(B) = 1/4, P(AB) = 3/(4.4), P(AAB) = 3.3(4.4.4) etc. Em geral: P(A^n B)= 1/4 (3/4)^n . Note que o número de jogadas necessárias é: N_L= 2(n+1) = 2 E(n) + 2 , onde E(n) é o valor esperado (médio) de n . Mas: E(n) = 1/4 \sum_0^\infty n (3/4)^n = 1/4 [1/(1-3/4)] = 1. Assim, o lowe

Perceptron - 51 anos de uma boa idéia!

Imagem
Embora Frank Rosemblatt tenha publicado um report em 1957, o primeiro artigo sobre o Perceptron publicado em revistas científicas é de 1958, ou seja, exatamente há 50 anos. Para comemorar essa data, vou contar nos próximos posts algo sobre o Perceptron . Este site de livros raros onde encontrei o exemplar do Psychologial Review de 1958 é interessante. Da Wikipédia, a conferir mais tarde: More recently, interest in the perceptron learning algorithm has increased again after Freund and Schapire (1998) presented a voted formulation of the original algorithm (attaining large margin) and suggested that one can apply the kernel trick to it. The kernel-perceptron not only can handle nonlinearly separable data but can also go beyond vectors and classify instances having a relational representation (e.g. trees, graphs or sequences). Freund, Y. and Schapire, R. E. 1998. Large margin classification using the perceptron algorithm. In Proceedings of the 11th Annual Conference on Computational L

Exercício desafio

Imagem
Fiquei com vontade de imitar o Marco. Esta questão vale um livro do Philip K. Dick (e de quebra podemos escrever o paper juntos, para a RBF): Seja uma corda de densidade linear rho constante colocada verticalmente em um campo gravitacional g = G M/(R+y)^2 onde R é o raio da Terra. Na sua extremidade inferior cria-se um trem de onda sinoidal de frequência w que se propaga para cima, com amplitude inicial A(y=0) = A_0. Descreva a equação de onda e encontre a solução A(y,t) (existe solução analítica ou apenas numérica?). Lembre-se que a tensão na corda na posião y é dada pelo peso de toda a porção da mesma abaixo de y, ou seja, T = \int_0^y rho z g(z) dz, e que essa tensão determina a velocidade da onda que aparece na equação de onda. OK, talvez pra facilitar, é melhor fazer a aproximação de g = constante. Pergunta: 1) Qual é o fluxo de momento linear transportado pela onda na posição y? 2) A corda ganha algum tipo de energia potencial gravitacional conforme a frente de onda sobe?

Cut and Past do Blog do Salvador Nogueira

Imagem
Atualizado em 24/03/2008 - 16:12 Machadão fazia ficção científica! Foi com grande alegria que descobri que Machado de Assis, um dos grandes da nossa literatura (na minha modesta opinião, o maior deles), também escrevia ficção científica. O mérito da descoberta vai todo para o escritor Roberto de Sousa Causo, responsável pela organização de um livro com título pouco modesto, mas indiscutível qualidade: "Os melhores contos de ficção científica" (Devir Livraria). A obra, que chegou recentemente às minhas mãos, traz textos assinados por 11 autores -- um deles pelo próprio organizador (conto muito legal envolvendo contato com alienígenas que traz uma reflexão sobre o fato de que talvez nem toda a tecnologia do mundo ajude a resolver os problemas sociais do mundo). Mas a grande jóia da coroa, é difícil disputar, vem do bom e velho Machadão. Não que o conto dele que foi parar na coletânea, intitulado "O Imortal", seja um exemplo primoroso de ficção científica. Na verdade,

Ilusão do amor

Imagem
Copyright A.Kitaoka 2004 (May 22) 24/03/2008 - 10h56 - Da Folha Online Amor "desativa" capacidade de criticar a pessoa amada da Efe, em Barcelona As últimas investigações sobre o funcionamento do cérebro revelaram que as pessoas apaixonadas perdem a capacidade de criticar seus parceiros, ou seja, se tornam incapazes de ver seus defeitos. Pelo menos isto é o que ocorre nos casos de amor romântico ou maternal, nos quais se detectou que, diante de determinados sentimentos, as mesmas regiões do cérebro são ativadas, segundo explica a neurobióloga Mara Dierssen, pesquisadora do Centro de Regulação Genômica de Barcelona. O mais curioso do caso, no entanto, é que, paralelamente a esta estimulação que se produz nas mesmas regiões cerebrais, em ambos os tipos de amor também se "desativa" a zona do cérebro encarregada do julgamento social e da avaliação das pessoas. Suprime-se, portanto, a capacidade de criticar os seres queridos. "Quando nos apaixonamos perdemos a cap

Evolution and Human Behavior

Imagem
Muito interessante o Evolution and Human Behavior , não conhecia esta revista. Clique aqui para acessar uma página de introdução onde, entre bibliografia diversa, aparece também o belo quadro abaixo. A Brief Overview of Some Classic Ideas in Evolutionary Theory : System Level / Problem Investigator / Year of Publication Basic ideas Example Adaptations System Level: Individual Problem: How to survive? Charles Darwin (1859) Natural Selection (or “survival selection”): The bodies and minds of organisms are made up of evolved adaptations designed to help the organism survive in a particular ecology (for example, the white fur of polar bears). Bones, skin, vision, pain perception, etc. System Level: Dyad Problem: How to attract a mate and/or compete with members of one's own sex for access to the opposite sex? Charles Darwin (1859) Sexual selection: Organisms can evolve physical and mental traits designed specifically to attract mates (e.g., the Peacock’s tail) or to compete with memb

Deu na Folha também...

Imagem
Mas só pra quem é assinante . Mas depois do embargo de algumas horas, Marcelo Leite colocou em seu blog do UOL, o Ciência em Dia . Observação: o paper foi submetido agora ao New Journal of Physics e, se não der, será submetido ao Evolution and Human Behavior , que anda publicando coisas sobre evolução e culinária (veja próximo post). São Paulo, domingo, 23 de março de 2008 MARCELO LEITE - A evolução do ovo - A evolução culinária se parece com a dos genes No cardápio do almoço de Páscoa que se avizinha, existe mais de uma chance entre dez de se encontrar ovo. Não só o de chocolate, certeza e delícia ainda maior, mas também o substancial produto do esforço da galinha. Pode estar na farofa, ou na massa da macarronada. Ou, mais provável, na sobremesa. Nem mesmo a mania nutricionalmente correta de excomungar tudo que tenha colesterol foi capaz de banir essa maravilha de uma enorme quantidade de receitas. Se você acha que isso nada tem a ver com ciência, enganou-se. Esta coluna não muda

Arthur C. Clark

Imagem
Do NYT , By EDWARD ROTHSTEIN Published: March 20, 2008 “Absolutely no religious rites of any kind, relating to any religious faith, should be associated with my funeral” were the instructions left by Arthur C. Clarke , who died on Wednesday at the age of 90. This may not have surprised anyone who knew that this science-fiction writer, fabulist, fantasist and deep-sea diver had long seen religion as a symptom of humanity’s “infancy,” something to be outgrown and overcome. Related Obituaries: Arthur C. Clarke, 90, Science Fiction Writer, Dies (March 19, 2008) Times Topics: Arthur C. Clarke But his fervor is still jarring because when it comes to the scriptural texts of modern science fiction, and the astonishing generation of prophetic innovators who were his contemporaries — Isaac Asimov, Robert A. Heinlein and Ray Bradbury — Mr. Clarke’s writings were the most biblical, the most prepared to amplify reason with mystical conviction, the most religious in the largest sense of religion:

Para os meus alunos de IC

Imagem
News and Views Nature Physics 2 , 75 - 76 (2006) doi :10.1038/nphys228 Subject Category: Statistical physics, thermodynamics and nonlinear dynamics Complex networks: Lies, damned lies and statistics Luis A. Nunes Amaral 1 and Roger Guimera 1 Luis A. Nunes Amaral and Roger Guimera are in the Department of Chemical and Biological Engineering and Northwestern Institute on Complex Systems, Northwestern University, Evanston, Illinois 60208, USA. e-mail: amaral@northwestern.edu ; e-mail: rguimera@northwestern.edu Abstract Statistical physics can reveal the fabric of complex networks, for example, potential oligarchies formed by its best-connected members. But care has to be taken to avoid jumping to conclusions. Introduction Old boys networks, fraternities, free-mason shops — many of us look at them with suspicion. The worry about the dangers of oligarchies is not new. Adam Smith 1 noted that "people of the same trade seldom meet together, even for merr

Formigas críticas

Imagem
Poderia um processo de colonização gerar buracos em todas as escalas, sem fine tuning? Referência para o trabalho com Thiago: Nature. 2008 Jan 24;451(7177):457-9. Links Clusters of ant colonies and robust criticality in a tropical agroecosystem. Vandermeer J , Perfecto I , Philpott SM . Department of Ecology and Evolutionary Biology, Kraus Natural Science Building, University of Michigan, Ann Arbor, Michigan 48109, USA. jvander@umich.edu Although sometimes difficult to measure at large scales, spatial pattern is important in natural biological spaces as a determinant of key ecological properties such as species diversity, stability, resiliency and others. Here we demonstrate, at a large spatial scale, that a common species of tropical arboreal ant forms clusters of nests through a combination of local satellite colony formation and density-dependent control by natural enemies, mainly a parasitic fly. Cluster sizes fall off as a power law consistent with a so-cal

Neolamarckismo

Imagem
Não tenho muito tempo mas gostaria de contribuir para o Blog Carnival do Transferência Horizontal sobre Lamarck . Coloco aqui uma curiosa referência ao neolamarckismo que achei fazendo a busca por este termo. Que é a teoria materialista? Diz-se que a vida consiste num incessante crescimento e desenvolvimento, e isso é verdadeiro: a vida social não é algo de imutável e cristalizado, não se detém nunca no mesmo nível, está em eterno movimento, num eterno processo de destruição e de criação. Não era por acaso que Marx dizia que o eterno movimento e a eterna destruição-criação são a substância da vida. Por isso na vida existe sempre o ‘novo’ e o ‘velho’, o que cresce e o que morre e, ao mesmo tempo, incessantemente, sempre, algo nasce... O método dialético diz que é preciso considerar a vida como ela é na realidade. A vida encontra-se em incessante movimento, por conseguinte devemos também considerar a vida no seu movimento, na sua destruição e criação. Para onde vai a vida, que é que morr

Stephen Jay Gould estava errado?

Imagem
Uma visão comum defendida no século passado era a de que a idéia de progresso é ideológica e deveriamos nos livrar dela, especialmente no âmbito da evolução biológica. Mas fica a pergunta: o combate à idéia de progresso é também ideológico e talvez a noção de que não existe algum tipo de progresso na história seja simplesmente uma maneira ideológica de estar errado. Se você pensar num espaço morfogenético multidimensional, a expansão de um início simples (uma bactéria) para uma exploração evolutiva cada vez maior deste espaço (em direção aos vírus e em direção aos organismos complexos - infinitos em todas as direções) simplesmente aparece devido à argumentos probabilistas semelhantes aos que justificam a segunda lei da termodinâmica. Se existem caminhos potenciais em direção à organismos complexos (ou seja, se o espaço morfogênico tem algum grau de ergodicidade), então o aparecimento desses organismos é, mais cedo ou mais tarde, inevitável... 18/03/2008 - 10h02 Evolução torna vida mais

Spice

Imagem
Estamos escrevendo uma versão estendida do artigo sobre a culinária para a revista Evolution and Human Behavior . Parece que eles publicam este tipo de coisa: Evolution and Human Behavior Volume 22, Issue 3, May 2001, Pages 147-163 Why vegetable recipes are not very spicy Paul W. Sherman Corresponding Author Contact Information, E-mail The Corresponding Author and Geoffrey A. Hash Department of Neurobiology and Behavior, Cornell University, Ithaca, NY 14853, USA Received 17 July 2000; accepted 7 November 2000 Available online 24 May 2001. Abstract Spices are aromatic plant materials that are used in cooking. Recently it was hypothesized that spice use yields a health benefit: cleansing food of parasites and pathogens before it is eaten, thereby reducing food poisoning and foodborne illnesses. In support, most spices have antimicrobial properties and use of spices in meat-based recipes is greatest in hot climates, where the diversity and growth rates of microorganisms are highest. A cri

Ciência e Ética

Imagem
Post da Roda da Ciência de Março (favor comentar aqui ). Parafraseando Pareto, conceber uma ética (ou uma religião) baseada na ciência é gerar um monstro, no sentido de uma "criatura bizarra", uma quimera que une partes de animais diferentes. Rubem Alves (alguém que normalmente não cito) diria que "a ciência pode ensinar como cultivar um jardim, mas não pode despertar o desejo de transformar um deserto em um jardim"... Basicamente ele relaciona o campo do desejo com as "religiões" (quer religiosas, quer seculares), ou pelo menos com a espiritualidade. Desejar demais algo é adorar... Max Weber (ao lado) defende algo semelhante em " Ciência e Política, duas vocações ": que o que o cientista pode fazer não é justificar fins mas auxiliar na análise dos meios (os meios são eficazes para tais fins?). Quem define os fins são (ou deveriam ser) as pessoas diretamente afetadas pelos mesmos, e isto é um exemplo de afirmação ética, não científica. Eu simpati

Receita para a evolução da comida

Imagem
Segunda, 17 de março de 2008, 10h01 Atualizada às 10h06 Cientistas dão receita para a evolução da comida Daniel Cressey Muita gente diz que realmente aprecia comida. Antonio Roque se destaca porque pode apresentar um estudo científico que prova seu amor por ela. Acompanhado por uma eclética mistura de colegas gastrônomos, que inclui físicos, um cientista da computação e um nutricionista, Roque, que trabalha na Universidade de São Paulo, no Brasil, estudou mais de três mil receitas a fim de examinar a maneira pela qual os ingredientes usados para a alimentação mudaram ao longo do tempo e vieram a se tornar dominantes nas diferentes culturas. "Acreditamos que seja importante analisar fenômenos culturais como a culinária", afirma Roque. Os integrantes do grupo estudaram, no total, mais de três mil receitas detalhadas em quatro livros de receitas divididas geograficamente e cronologicamente - um do Brasil, um da Inglaterra, um da França e um da Idade Média. Ao analisar fatores co

Malagueta

Imagem
Do informativo gastronômico Malagueta : A evolução matemática da culinária Livros tradicionais de receitas foram a base para pesquisadores da USP traçar a evolução da culinária e a predominância de ingredientes em uma cultura. O estudo, coordenado pelo físico Antônio Roque - professor do Departamento de Física e Matemática da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCL/USP) - partiu da temática de redes complexas para capturar a dinâmica que gera a curva evolutiva cultural a partir das receitas. “Os ingredientes e receitas constituem um exemplo desse tipo de rede, pois esses elementos estão conectados entre si”, explica. De acordo com a pesquisa, as obras fornecem dados estatísticos relevantes sobre as cozinhas, indicando a importância de produtos, maneiras de preparar e possíveis combinações. O artigo sobre esta pesquisa foi publicado na edição de março da revista Nature . [Na verdade, o paper está no arxiv.org, a espera de aceitação de uma revista que submetemos

Food for Thought

Imagem
Ainda sobre o paper noticiado na Nature News . Para quem ficou com preguiça de ir até o ArXiv Blog , reproduzo aqui o post com o comentário respondendo à crítica (ou dúvida) feita, que por sinal também nos foi feita por Mark Buchanan, autor de Ubiquity , um livro que eu recomendo para todos os meus orientados. Food for thought March 4th, 2008 by KFC Evolution seems to crop up all over the place. In life, business, ideas. And now in recipes through the ages. Yup, that’s recipes. For food. Osame Kinouchi from the Universidade de São Paulo in Brazil and buddies, have studied the way in which ingredients used in recipes vary around the world and through the ages. And they’ve found, they say, evidence of evolution. The team studied the relationship betwen recipes and ingredients in four cookbooks: three editions of the Brazilian Dona Benta (1946, 1969 and 2004), the French Larousse Gastronomique , the British New Penguin Cookery Book , and the medieval Pleyn Delit . They took the recipe

The Physics ArXiv Blog

Localizei hoje o interessante the physics arXiv blog :News and views from the coal face of science a partir de um post que eles colocaram sobre o nosso paper da culinária. Aqui vai uma auto-descrição do mesmo: About If ya’ll been a-wundrin how physics is born, let me tell ya. It’s just like your mammy and pappy told. The great white stork posts physics on the arXiv and leaves it a-cryin and a-hollerin until somebody starts a-lovin and a-nurturin it. If they do it just right–just right, mind–it’ll one day grow up into a full force o’ nature. Ya’ll can think of this lil ol blog as a kinda birth announcement where ya can see the little uns as soon as they arrive. Then ya’ll can start a-cooin and a-cuddlin over the pertee ones. If ya wanna whisper me some sweet nothins, ya’ll can get me at: Howdy-at-arxivblog.com Ya’ll keep a-comin back, y’here? Kentucky É um blog bem interessante se você estiver interessado em comentários leves sobre os artigos do ArXiv.org mais curiosos da

Deu na Nature News

Imagem
Nosso paper sobre a evolução da culinária foi comentado na Nature News , em uma reportagem de Daniel Cressey. Se alguém quiser convidar alguém da equipe para dar seminários, estamos à disposição, desde que a pessoa pague o jantar... Na Nature News, Hervé This comenta nosso paper, fazendo a seguinte crítica: He notes that the paper also doesn't clearly define what an 'ingredient' is — is a carrot an ingredient, or is a chopped carrot one ingredient and grated carrot another, for instance? Posso contar que durante a pesquisa estivemos bem conscientes desse problema. O fato é que a classificação ou agrupamento dos ingredientes formam um dendrograma muito ramificado. Ou seja, devemos juntar "caldo de limão" e "limão" num mesmo rótulo? Vinho tinto, vinho rosé e vinho branco são ingredientes separados? Nossa opção foi seguir de forma mais fiel possível a opção dos autores dos livros, pois se fossemos introduzir nossa própria classificação, talvez ela fosse t

Culinária fractal e vítrea

Imagem
The Nonequilibrium Nature of Culinary Evolution Osame Kinouchi , Rosa W. Diez-Garcia , Adriano J. Holanda , Pedro Zambianchi , Antonio C. Roque (Submitted on 29 Feb 2008) Abstract: Food is an essential part of civilization, with a scope that ranges from the biological to the economic and cultural levels. Here we study the statistics of ingredients and recipes taken from Brazilian, British, French, and Medieval cookbooks. We find universal distributions with scale invariant behavior. We propose a copy-mutate process to model culinary evolution that fits very well our empirical data. We find a cultural founder effect produced by the nonequilibrium dynamics of the model. Both the invariant and idiosyncratic aspects of culture are accounted by our model, which may have applications in other kinds of evolutionary processes. Comments: 15 pages, 5 figures, 1 table, submitted to Physical Review E Subjects: Physics and Society (physics.soc-ph) Cite as: arXiv:0802.4393v1 [physics.soc-ph] Submis

Dia da mulher: Porcentagem de mulheres em Física

Imagem
Mulheres húngaras (exemplo típico na Fig. 1a) são bem representadas na Física (Fig. 1b). Será que elas também são marcianas? The Martians of Science: Five Physicists Who Changed the Twentieth Century